Uma pesquisa do hospital British Columbia com 118 adolescentes de 13 anos (53% deles obesos) comprovou que a pressão arterial deles estava levemente acima do normal e que a aorta dos que tinham peso além da média estava rígida, sintoma detectado geralmente em pessoas mais velhas.
Já outra pesquisa, do Hospital da Criança Doente, em Toronto, realizada com 1,6 mil estudantes canadenses, mostrou que adolescentes com distúrbio no sono apresentavam índice de massa corporal maior, elevando o risco de sobrepeso e obesidade, que podem levar a aumento também do índice de colesterol.
Aliás, a obesidade infantil atinge hoje 42 milhões de crianças com menos de cinco anos no mundo todosegundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). E não é só no exterior que esses índices são observados. Um estudo realizado pelo programa “Meu Pratinho Saudável”, parceria do Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas da FMUSP com a LatinMed Editora em Saúde, aponta que 45% das crianças e adolescentes paulistanos estão com sobrepeso ou obesidade infantil.
Veja algumas orientações básicas para garantir a saúde dos seus filhos na infância e no futuro:
– Segundo a OMS, crianças devem consumir, no máximo, 2 g de sódio (o equivalente a 5 g de sal de cozinha, o conteúdo padrão daqueles sachês encontrados em restaurantes);
– A partir dos 2 anos de idade a criança já deve começar a fazer alguma atividade que movimente o corpo, como correr e brincar. Dos 5 anos aos 7, os pais já devem pensar em uma atividade física regular, como natação e futebol.
– Faça o teste do coraçãozinho. Oferecido pelo SUS, o teste deve ser realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento, antes da mãe e do bebê terem alta. Leva menos de cinco minutos e consegue identificar problemas no coração antes do aparecimento de quaisquer sintomas.
– Em um primeiro momento, as dobrinhas de gordura nos bebês podem ser “bonitinhas” e parecer saudáveis. Entretanto, se elas não desaparecerem a partir dos cinco anos, o risco de se tornarem adultos obesos, hipertensos, com deficiências vitamínicas e problemas cardíacos aumenta em 40%. Ofereça alimentos saudáveis para o seu filho.